Crusoé: Moraes poderá ter cartão de crédito do Banco Master?
Em julho, o Banco Master anunciou sua entrada no sistema interbancário de pagamentos internacionais da China, o Cips
O Departamento do Tesouro americano aplicou sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes (foto) nesta quinta, 30.
De acordo com a mensagem publicada no site do Departamento do Tesouro, “instituições financeiras e outras pessoas podem correr o risco de serem expostas a sanções por se envolverem em determinadas transações ou atividades envolvendo pessoas designadas ou bloqueadas. As proibições incluem a realização de qualquer contribuição ou fornecimento de fundos, bens ou serviços por, para ou em benefício de qualquer pessoa designada ou bloqueada, ou o recebimento de qualquer contribuição ou fornecimento de fundos, bens ou serviços de qualquer pessoa“.
Com isso, bancos e empresas de cartões de crédito americanas, como Visa, MasterCard e American Express, devem evitar qualquer relação com Alexandre de Moraes, por medo de também serem alvo de sanções.
Banco Master
Em julho deste ano, o Banco Master anunciou sua entrada no sistema interbancário de pagamentos internacionais da China, o Cips, uma alternativa ao sistema global Swift, o qual tem o dólar como moeda.
A China tem algumas bandeiras de cartão de crédito, sendo a principal delas a UnionPay. É a maior rede do mundo em volume de transações e em número de cartões.
A legislação brasileira não impede, per se, que instituições financeiras emitam cartões a indivíduos sancionados por leis estrangeiras, desde que não haja violação à regulação local.
Mas haveria outros empecilhos.
“Os bancos estão sujeitos à Resolução CMN nº 4.595/2017, que exige programas de compliance e prevenção à lavagem de dinheiro, podendo levar à recusa da emissão por razões reputacionais“, diz Enrique Natalino, cientista político e especialista em direito público e relações internacionais.
“Além do mais, ainda que o cartão seja de bandeira chinesa, a instituição bancária pode depender de sistemas de compensação e roteamento (como o Swift, BIS, ou adquirentes com sede em Nova York ou Londres), o que implica risco indireto de bloqueio de transações internacionais, sobretudo em moedas conversíveis”, diz Natalino.
Com isso, mesmo com a adoção do sistema de pagamentos chinês e o uso de uma bandeira chinesa…
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Comentários (2)
Alexandre Ataliba Do Couto Resende
30.07.2025 18:33Vai ter de andar com dinheiro vivo...
Fabio B
30.07.2025 17:19O Xandão deixará de usar cartão no seu nome e usará o corportativo governamental. Algúém duvida???