Erika Hilton quer José Dirceu discutindo fim da escala 6×1
Parlamentar convidou ex-ministro-chefe da Casa Civil para participar de uma audiência sobre o tema; data ainda não foi marcada
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) apresentou um requerimento para a realização de uma audiência pública com o tema “Da Constituinte ao fim da escala 6×1: o histórico de luta pela redução da jornada de trabalho no Brasil”.
Entre os convidados sugeridos para a audiência estão a economista Marilane Oliveira Teixeira, pesquisadora da Unicamp; o jurista Jorge Luiz Souto Maior, professor da USP e ex-desembargador do trabalho; a deputada constituinte Benedita da Silva (PT-RJ); o vereador carioca Rick Azevedo (PSOL), fundador do movimento Vida Além do Trabalho; um representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
Depois que ele teve suas sentenças na Lava Jato anuladas, Dirceu tem sido uma presença cada vez mais constante em eventos da esquerda. A ideia é que o ex-ministro lance sua candidatura à deputado federal no ano que vem pelo PT. O PSOL e o PT acreditam que tanto Erika quanto Dirceu tendem a ser puxadores de votos das duas siglas.
O debate, que ainda não foi agendado, será promovido no âmbito da Subcomissão Especial da Comissão de Trabalho que discute a PEC 8/2025, proposta de emenda constitucional que prevê o fim da escala de seis dias de trabalho por um de descanso.
De acordo com o documento, o objetivo é discutir o contexto histórico, jurídico e social da jornada de trabalho no país, retomando debates iniciados na Constituinte de 1988. Erika Hilton argumenta que a redução da jornada é uma pauta histórica da classe trabalhadora e que a manutenção da escala 6×1 representa “um modelo abusivo e adoecedor, uma forma moderna de escravização do trabalhador”.
Na justificativa, Erika cita dados de pesquisas recentes que indicam amplo apoio popular à proposta. Levantamento do Datafolha, publicado em dezembro de 2024, apontou que 64% dos brasileiros defendem o fim da escala 6×1. Outro estudo, realizado pelo DataSenado, mostrou que 51% dos entrevistados são favoráveis à redução da jornada semanal para quatro dias, com manutenção dos salários.
Para a parlamentar, o tema é essencial para “promover o bem-estar social, a produtividade e a qualificação da mão de obra”, além de contribuir para a valorização do trabalho formal.
A PEC 8/2025, atualmente em análise na Comissão de Trabalho, é considerada uma das principais bandeiras do governo Lula. Mas são poucas as chances de ela ser aprovada.
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Comentários (1)
Rafael Tomasco
14.10.2025 11:52Um cara tão bandido quanto Lula e Valdemar querendo pagar de bem feitor dos pobres e lutador pela classe trabalhadora, tudo isso sob leniência de uma esquerda que teria tudo na mão pra formar novas lideranças dignas, mas que se provaram ser cabos eleitorais da maior quadrilha que já nos assaltou... Vai pra casa do caralho, mensaleiro vagabundo. Você não representa ninguém