O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exigiu que a classe empresarial ofereça vagas de trabalho com remuneração mais alta e com condições de jornada aprimoradas. Durante a 14ª Conferência Nacional de Assistência Social, realizada em Brasília, Lula defendeu que a melhoria salarial e de horários é o principal estímulo para que os cidadãos busquem emprego.

Lula acredita que a tecnologia tornou obsoleto o atual padrão laboral, que adota a escala 6×1 (seis dias de trabalho por um de descanso). A revisão do formato semanal de trabalho no Brasil é uma pauta defendida pelo presidente: “Vou dizer quando a pessoa quer trabalhar: pague um salário decente e melhore a jornada de trabalho. É isso que vai fazer as pessoas trabalharem em qualquer lugar. Ninguém gosta de viver de favor, de políticas públicas”.

Remuneração e concentração de renda

Apesar das medidas já adotadas pelo governo, como a isenção do Imposto de Renda para cidadãos com ganhos de até R$ 5 mil, o presidente admitiu que há necessidade de avançar no combate à desigualdade. Lula reconheceu que, mesmo com a diminuição das discrepâncias em níveis significativos, o Brasil ainda demonstra grande disparidade econômica. Ele enfatizou que a concentração de capital no País permanece elevada.

“Mesmo diminuindo as desigualdades no maior nível da história, o Brasil ainda é muito desigual. Os ricos ainda são muito ricos, mesmo aprovando o não pagamento de IR para quem ganha R$ 5 mil, ainda é preciso fazer mais, porque ainda há muita concentração de renda no País. Estamos apenas começando a fazer a transformação que esse País precisa. Vai dar trabalho, mas vamos fazer”, afirmou.

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