Ex-jogador do Santos é vítima de tentativa de assassinato em “onda” de ameaças a jogadores de futebol
A tentativa de assassinato contra destaca uma preocupante com um cenário crescente de ameaças a jogadores de futebol pelo narcotráfico e apostas ilegais.
A tentativa de assassinato contra o jogador Bryan Angulo ao chegar para um treino no Equador na última 5°feira, 16, destaca uma preocupante realidade no cenário do futebol equatoriano, onde a violência ligada ao narcotráfico e a apostas ilegais está crescendo.
Segundo relatos, esses atos de violência não se restringem apenas a atletas individuais, mas também afetam todo o ecossistema do futebol, criando um ambiente de medo e insegurança.
Angulo, que já defendeu o Santos em 2022 e tem 24 jogos e 5 gols com a camisa do Peixe, atualmente joga pela LDU Portoviejo. O episódio ocorreu quando homens armados abriram fogo contra ele. Felizmente, ele sobreviveu, mas o incidente é mais um capítulo em uma série de problemas que envolvem o esporte no país.
Além de Angulo, outros jogadores também têm sido alvo de ameaças, evidenciando a extensão dessa problemática. As autoridades locais foram instadas a garantir a segurança dos envolvidos, principalmente em ocasiões onde a presença do público é inevitável.
Como as atividades criminosas impactam o futebol no Equador?
A ligação do crime organizado com o futebol no Equador tem raízes profundas, resultando em consequências graves, como a manipulação de resultados e ameaças de morte a jogadores que se recusam a colaborar.
A morte de Jonathan González, por exemplo, é um terrível lembrete de como atletas correm riscos extremos. González foi assassinado por não querer manipular o resultado de uma partida, ilustrando a pressão que os jogadores enfrentam diariamente.
Qual o papel do narcotráfico e das apostas ilegais no futebol equatoriano?
O tráfico de drogas e as apostas ilícitas utilizam o futebol como uma estratégia para lavagem de dinheiro. De acordo com a ONU, o crime organizado se aproveita da popularidade do esporte para movimentar capitais de forma disfarçada.
Estima-se que bilhões são movimentados anualmente em apostas ilegais ao redor do mundo, e o Equador não é uma exceção a essa tendência global.
Algumas das práticas comuns incluem a oferta de dinheiro para influenciar o resultado de jogos, tanto para ganhar quanto para perder, colocando atletas em incômodas situações de vulnerabilidade.
#URGENTE || En Manabí el jugador de la Liga de Portoviejo Bryan Angulo mejor conocido como el Cuco Angulo fue victima de un ataque armado mientras se dirigía a su entrenamiento, uno de los atacantes fue detenido por la Policía Nacional pic.twitter.com/z91Eq35uH4
— Poder Informativo (@PoderInforma) October 16, 2025
Medidas de prevenção e segurança: uma solução?
A falta de fiscalização adequada e a alta exposição midiática dos jogadores tornam o futebol um canal preferido pelas máfias para o narcotráfico. Segundo especialistas, times da segunda divisão são particularmente visados devido aos salários mais baixos e à maior suscetibilidade dos atletas às tentativas de suborno.
Instituições esportivas e governamentais têm sido desafiadas a adotar medidas mais severas de segurança e controle sobre as interações financeiras dentro do futebol como um mecanismo para combater essa crescente onda de violência.
No entanto, as iniciativas ainda se mostram insuficientes diante do poder e alcance das organizações criminosas.
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O que o futuro reserva para o futebol equatoriano?
Vista como uma das atividades mais queridas e populares, o futebol está, lamentavelmente, sendo sabotado por interesses ilegais e violências sistêmicas.
Mesmo atletas renomados, como Enner Valencia, relutam em retornar ao seu país de origem devido ao temor pela própria vida e de suas famílias. É evidente que o futebol precisará passar por reavaliações estruturais e culturais para garantir um ambiente mais seguro e livre da influência do crime organizado.
A conscientização pública e o fortalecimento das instituições de segurança são passos cruciais para um futuro onde o futebol possa ser desfrutado como deveria: um espaço de alegria e competição saudável.
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